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Jornal do Agrupamento Professor João de Meira
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Gaspar e a Ilha Encantada
Por Manuela Ribeiro (Professora), em 2015/02/20931 leram | 0 comentários | 239 gostam
Este texto foi elaborado pela aluna Ana Rita, do 5º ano, turma F.
Gaspar e a Ilha Encantada

   Em certos tempos, Gaspar aventurara- se a navegar no Templo do Mar, onde o seu destino era a Ilha dos Encantos. A única coisa que certas vezes o fazia pensar duas vezes, era o nome da ilha, pois foram raros os homens e marinheiros que se aventuraram naquela viagem, tendo quase fins catastróficos.
    Mas ele sabia que era aquilo que ele queria, pois vivia numa aldeia pobre e inofensiva, onde as pessoas não tinham custos suficientes para suportar as suas famílias; decidiu ir então à procura do caminho onde o levara ao seu tesouro, aceitando as consequências.
   Algum tempo depois da sua espera em Mar Alto, Gaspar avistou pequenos pedaços de terra.
   Foi então, com esperança, que remou até à ilha.
   A Ilha dos Encantos era constituída por um pedaço de mar. Gaspar decidiu aterrar nesse pedaço.
   Durante a noite… Gaspar estava já com os olhos semi- cerrados, acabando por adormecer.
   De repente, pressentiu um rombo no barco. Decidiu ir ver o que se passava e foi quando viu algo a flutuar debaixo de água; era algo verde e constituído por escamas (algo um pouco esquisito, podendo ser um peixe). Gaspar não ligou muito, pensando no assunto apenas durante a noite, com a perspetiva de que seria um peixe. Mas não um peixe comum, por isso ficou assustado, pois normalmente os peixes têm menos de um metro e aquele peixe tinha uns olhos vermelhos.
   Gaspar, depois do acontecido, ficou aterrorizado e por esse motivo não conseguia dormir. De seguida, Gaspar ouviu vozes, mas vozes doces, que o chamavam; era um dos terrores/ armadilhas daquela ilha: o doce tom e canto das vozes das sereias, que enfeitiçavam os marinheiros e homens que por ali passavam. Gaspar levantou- se, como se estivesse sonâmbulo e que por um triz iria saltar borda fora, com intenções de ir ter com as sereias. Era como se não conseguisse controlar o seu corpo, algo mágico.
   Nesse mesmo instante, apareceu a serpente marinha que deu uma volta inteira ao barco. Gaspar, finalmente, conseguiu abrir controladamente os seus olhos. Quando viu o que se passara, ficou em estado de pânico, pensando que ia morrer. A serpente era monstruosa, algo mágico e inacreditável. Mas Gaspar era valente, apesar de ter, também, os seus medos.
   A serpente, bruscamente, gritou na cara de Gaspar, que ficou cheio de ranho viscoso.
   Gaspar pegou no seu pau e atingiu a serpente, que o começou a atacar.
   Nenhum dos dois desistia, até que Gaspar descobriu o ponto fraco da serpente marinha: as suas escamas, que era o modo de defesa da serpente. Então, Gaspar subiu para cima da serpente, mas a serpente começou a abanar de forma a que este caísse. Mas Gaspar não desistiu e com grande força, retirou a escama que sobrepunha o coração da serpente.
   Foi aí que se ouviu um grande e monstruoso grito da serpente marinha. Esta acabou por desmaiar, deslizando com o seu corpo levado pelo mar.
   Gaspar seguiu, então, frente à ilha.
   Era mística, misteriosa e assombrosa, mas no fundo das suas profundezas, era uma belíssima ilha.
   Já era bastante tarde e no dia seguinte Gaspar teria um longo caminho pela frente, por isso, ao avistar uma árvore e madeira, decidiu fazer uma fogueira e deitou- se por baixo da árvore, acabando por adormecer, depois da derradeira batalha.
   No dia seguinte, Gaspar levantou- se bem cedo, sabendo que depois do sucedido teria uma longa e perigosa aventura na ilha.
   Na aldeia, a família estava desesperada, não sabendo se Gaspar tinha morrido ou sobrevivido. Era uma tortuosa espera. E mesmo a aldeia sentia já uma grande falta dele, sendo Gaspar um homem de palavra, um homem sincero, um homem corajoso, um homem que nunca desistia…
   Enquanto Gaspar não se esquecia do seu dever e procurava mantimentos e materiais úteis.
   A ilha era lúgubre e morta, constituída por vários penedos e arbustos. Tinha um grande túnel secreto onde corria um longo rio e lá perto havia vários animais que pareciam estar amaldiçoados. O cimo da ilha era um vulcão. Várias das plantas que lá existiam estavam vivas e eram carnívoras; mas não era só isso, a ilha tinha uma forma de caveira que se relacionava a um espirito!
   Por fim, passaram alguns dias, algumas semanas, até meses!
   Gaspar pensava nas pobres pessoas da aldeia que sempre tiveram confiança nele. Por isso, nunca desistia! Procurava, procurava, procurava e procurava… Mas nunca encontrava nada. Por isso mesmo continuava à procura! Ele tinha fé!
   Certo dia, ao ir buscar um bocado de água ao rio, deixou lá cair o seu pau que se transformou em ouro.
   Olhando bem para o rio, viu cadáveres e espadas… que lhe traziam recordações.
   Encontrou um pequeno mapa e verificou que o levara até ao seu tesouro. Mas de repente, saiu um espirito… era o espirito da ilha, a caveira, que lhe mostrava uma porta secreta, avisando-o que se entrasse por aquela porta, nunca mais poderia sair.
   Mas Gaspar não pensou duas vezes. Seguiu em frente.
   Ao entrar, o que viu primeiro, foi uma multidão de teias de aranhas.
   De seguida, o seu caminho até ao tesouro tinha três desafios.
   Chegou ao seu primeiro desafio, onde encontrou um saco cheio de moedas de ouro e o outro saco estava vazio, simplesmente apenas com a palavra fé escrita. Gaspar teria de escolher um dos sacos.
   Escolheu o saco da fé, seguindo em frente com o seu segundo desafio.
   Ao entrar na porta, viu em seu redor seis espelhos, onde teria de escolher o espelho que ele pensara que o representava. Gaspar, no início, ficou confuso, mas tinha de escolher algo. Escolheu o terceiro espelho.
   Finalmente, chegou ao seu terceiro desafio, onde, de repente, um monte de ouro foi crescendo, crescendo e crescendo, tornando- se numa estátua humana de ouro.
   Gaspar, com todas as suas forças, ergueu- se e correu em frente ao monstro. Mas o monstro derrubou- o com uma perna às costas!
   Gaspar trincou o lábio e pensando na sua família destruiu o monstro! O monstro foi- se desfazendo, desfazendo…
   Gaspar não estava a acreditar, ele conseguira finalmente o tesouro!
   Pegando, rapidamente, no tesouro, foi até ao barco. E remou… Até que o vulcão da ilha explodiu e a ilha também se foi destruindo e explodiu, ficando submersa no mar. De repente, apareceu uma grande ilha feita de ouro, em forma de tartaruga!
   Passou uma semana e Gaspar chegou à aldeia. A sua família foi a correr ter com ele, com muito amor, pois pensavam que tinha morrido! A aldeia pegou nele e começou a aplaudi-lo.
   Nunca mais ninguém da aldeia ficou pobre ou sem sustento!

   Ana Rita, 5º F


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