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Visita Guiada ao Paço dos Duques de Bragança
Por Emilia Lemos (Professora), em 2014/12/291379 leram | 0 comentários | 355 gostam
No passado dia oito de outubro, as turmas do 4º ano da nossa escola foram fazer uma visita de estudo guiada ao Paço dos Duques de Bragança, na nossa cidade.
Esta visita, enquadrada nas comemorações do Dia dos Castelos, teve como principal objetivo conhecer a história lendária deste palácio.
O dia estava chuvoso, mas nós tivemos muita sorte, pois apenas quando chegámos ao palácio é que as nuvens se zangaram, começando a bater umas nas outras e as lágrimas caíram em grande quantidade. Aguardámos um pouco e, finalmente, apareceu a nossa guia, chamada Cátia, que ia acompanhar a nossa turma.
Aprendemos que o palácio foi mandado construir pelo duque D. Afonso de Bragança para a D. Constança de Noronha. Visitámos cada uma das divisões deste magnífico palácio e descobrimos que tem 39 chaminés.
Primeiro, vimos o Salão dos Passos Perdidos, onde as visitas aguardavam, com várias tapeçarias penduradas na parede, duas das quais contavam a história da chegada dos portugueses a Arzila, no norte de África.
De seguida, visitámos a Sala das Armas onde se encontravam várias bestas, punhais, espadas, pistolas e armaduras na parede e que estavam ordenadas pela época em que foram utilizadas.
Na Sala dos Banquetes tinha uma mesa em cavalete, onde juntavam várias mesas quando precisavam, daí vem a expressão “pôr a mesa”. A guia falou que eles comiam uma fatia de pão redondo, com as mãos e limpavam-nas nos pelos dos cães.
Depois passamos para a capela onde vimos o brasão do Duque de Bragança, as oito colunas e os vitrais, que também contavam histórias. No salão Nobre, onde se realizavam os bailes, aprendemos que a expressão “as paredes têm ouvidos” vem desse tempo, porque através de umas janelas pequeninas chamadas vigias, os empregados ouviam e viam como estava a decorrer a festa.
Outra divisão interessante que visitámos foi o quarto. Ficámos a saber que os reis dormiam sentados ou de pé, porque achavam que deitados chamavam a morte. Há 600 anos atrás, não havia WC, as pessoas faziam as suas necessidades no monte ou em potes e depois despejavam pela janela, dizendo: “Água vai”. Tomavam 2 a 3 banhos por ano, porque achavam que apanhavam mais doenças, todos na mesma tina e com a mesma água.
Finalmente, a nossa guia Cátia, contou-nos que após a reconstrução do palácio, este passou a ser a residência oficial do Presidente da República, nas visitas à nossa cidade.
Quando terminou a visita, ainda decorria a batalha no céu e alguns alunos ficaram encharcados no caminho até à escola, mas valeu a pena, porque esta visita enriqueceu-nos bastante o conhecimento da história de Portugal e prova que Guimarães é, de facto, uma cidade rica em monumentos históricos.
Foi uma manhã bem divertida e cultural!

Turma 4º C - Prof. Emília Lemos

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